“O teste verdadeiro, definitivo, para comprovar a união de uma família é observar como os seus membros reagem quando da partilha de uma herança”. Isto é o que diz a sabedoria popular. Quantas histórias, algumas trágicas, todos nós conhecemos, de parentes, amigos, conhecidos que tiveram as suas relações familiares abaladas, destroçadas, quando chegou o momento, crucial, de distribuir uma herança!
Nosso pai nos deixou em dezembro de 2000. Pouco tempo depois iniciamos o processo da partilha: oneroso, complicado e longo, muito longo!
Em 8 de outubro, último, reunidos, assinamos finalmente os papéis. Continuamos reunidos, até o dia 12 (feriado), junto de nossa mãe: âncora frágil, mas de enorme significado, que se torna referencia e ponto de convergência.
Foram, quase 10 anos, de muitos acertos, conversas, discussões, buscas, momentos de angustia, de incertezas. Desse processo, por ser humano antes de tudo, onde houveram descobertas, trocas, discussões, o manifesto de interesses de cada um, emergiu uma solução final que pôde contemplar a todos.
Com muita sabedoria e paciência e uma infinita dedicação de nossas irmãs, em Guapé, a quem somos, todos, eternamente gratos, o processo foi conduzido de maneira harmoniosa e justa, o que permitiu, uma vez finalizado, um convívio sereno e simpático, nestes 4 dias na cidade de origem de todos nós.
Do dito popular fizemos uma verdade nossa – da Família AVILA: acho que passamos bem no teste.
Fica o modelo, o exemplo, a assinatura de cada um, não apenas nos papéis, mas na composição de um jogo intrincado e complexo, onde os laços, como ficou demonstrado, não são apenas de sangue.
Resta-nos esperar por uma união cada vez mais forte, laços mais estreitos e momentos como aqueles, de alegrias, de sorrisos e muita festa. Sempre ao lado de nossa matriarca querida.
