Com a incorporação do FACEBOOK os horizontes se ampliaram e assim, querer reunir a Grande Familia AVILA passou a ser uma consequencia natural e necessária, tamanho o interesse das pessoas em se conhecerem mais e melhor, em se aproximar de suas origens e de suas raízes.
Me toca perceber a grande motivação de quantidade de jovens AVILA´s que, nessas últimas semanas, tem se manifestado, curiosos por saber coisas que, no meu entender, não lhes pudessem interessar tanto e que, de repente, ressurgem das memórias quase esquecidas, elas que sempre ficaram muito bem guardadas. Resgatá-las hoje constitui instantãneos de grande alegria e poder ajudar a torná-las conhecidas, motivos de orgulho. Eu que tive e tenho o privilégio de tê-las vivenciado em sua grande maioria.
Meu pai, Zé Lau, nunca frequentou uma escola regurlamente. Lá pelos seus 10-12 anos, seu pai contratou um preceptor (muito comum na época) para ensinar aos seus 4 ou 5 filhos, com idades entre 8 e 14 anos, o que se denominava na época (anos 1925-30) a escrita e as quatro contas (somar, diminuir, multiplicar e dividir).
Um domingo à tarde meu avô, Venceslau, chega com o preceptor. Por um mês ele ensinou tudo aos seus aplicados e ainda jovens alunos mas já de mãos calejadas.
Ao final do mês, aquele que viera ninguém sabe ao certo de onde, recebeu o seu salário, disse que precisava ir a Guapé para algumas compras mas que voltaria rápido. Na madrugada seguinte ninguém mais sabia dele! Ah...sim, o viram, ainda meio escuro "dobrando" o alto da serra. Dedução(exclusivamente minha): muito provavelmente este respeitavel senhor era um fugitivo (desertor) do exército pois acredtio isto ter sido à época da Revolução de 32, que colocou em campos opostos mineiros e paulistas, com direito a armas, algumas lutas, inclusive. Este detalhe não afeta em nada a credibilidade e a competência do mestre. Meu pai, quando se referia a ele, era sempre com grande admiração, como todo bom mestre deve aparecer.
Aí encerrou-se a formação regular de meu pai. Todo o resto foi "ao vivo", sem testar antes, aprendendo com a vida. E como ele aprendeu!
Orgulho nosso, seus filhos: conseguiu oferecer um curso superior para 7 de seus 9 filhos!
Retomar este Blog, eu o faço portanto um pouco em memória dele e em homenagem a esse grande contador de história e de casos, alguns inclusive que o faziam rir como ninguém.
No ultimo ano de sua vida, 2000, foi no escritório do galpão onde ele ainda trabalhava, que escreveu à mão, as 80 páginas cujo conteudo muitos de vocês já conhecem. Deliciem-se decifrando a 1a. página de seu "livro" na imagem acima, curiosamente escrita na data de 1 de janeiro, dia de seu aniversário.
Agradeço a todos vocês que são a razão de retomar estas anotações.
Longa vida ao Blog da Familia AVILA - hoje a Grande Familia AVILA!
Obs: o título do post parece não estar ligado ao seu conteúdo: é apenas a chamada para, reunidos, trazermos à tona este e muitos outros assuntos que constituem a nossa memória coletiva - a memória da Grande Familia AVILA
Nenhum comentário:
Postar um comentário